segunda-feira, 22 de setembro de 2008

E-paper: será o início do fim do papel?

Outro dia escrevi aqui que a Apple precisava ficar atenta na dieta do Macbook Air. Bom, já está na hora de Steve Jobs pensar numa lipo para o computador portátil - ainda o mais fino do mercado - pois está ficando rechonchudo perto dos aparatos tecnológicos que vem surgindo por aí.

Desta vez a novidade é um leitor de conteúdos feito de plástico, pela empresa Plastic Logic. O produto é bem fino e resistente, bem mais que o tradicional LCD que equipa a maioria dos notes, como mostra filme de demonstração, que vale a pena ser visto.
A tecnologia desse e-paper permite fazer anotações a punho ou por meio de um teclado, para quem já perdeu a prática de escrever à mão. A bateria é medida em dias, em vez de horas, ou seja, é superdurável. Fica para a Plastic Logic a missão de pensar em uma versão colorida (essa é monocromática).

Será o início do fim do papel?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Wall-E: a sociedade pós-consumo

Quem ainda não assistiu ao filme Wall-E vale a pena pagar pra ver. A animação da Disney com a Pixar apesar de estar na categoria infantil, é história pra gente grande refletir.

De forma singela e bem simpática, Wall-E faz uma crítica à sociedade consumista contemporânea, que vive a era do descarte, da ânsia pelo novo. No filme, os humanos foram extintos da Terra após o apocalipse e passam a viver em uma grande nave, longe do planeta Terra, onde tudo é automatizado. O robô que leva o nome do filme tem o papel de limpar todo o lixo deixado pelos humanos.

Na nova casa, os humanos não se exercitam pra nada. São obesos e estão sempre sentados em suas poltronas, se “divertindo” com a programação passada nas grandes telas. E não há interação entre os moradores da nave. Um não conversa com o outro. Todo o serviço é executado por robôs.

Em uma das cenas, um dos moradores da nave cai da poltrona e não consegue se levantar sozinho, lembrando a figura de um grande besouro com as pernas viradas pra cima. Aliás, nem andar as pessoas sabem, pois só aprenderam a ficar sentadas apertando os botões dos controles remotos.
Só espero que tal ficção não se torne realidade um dia!
Assista ao trailer

Mudança de hábito: o consumo voltado ao público infantil

A Revista Carta Capital traz na seção Diálogos texto de Thomaz Wood Jr. que fala do consumo voltado ao público infantil, das propagandas abusivas e do grande tempo em que os pequenos ficam à frente da tevê. Intitulado Cavernistas, Wood também faz uma crítica aos publicitários, que segundo o autor, parecem viver em um mundo fora da realidade, “na célebre Caverna de Platão”, afirma.

De fato, a tevê e outros aparatos tecnológicos, como a internet e o videogame, têm sido os grandes companheiros e “educadores” das crianças da sociedade contemporânea. A publicidade, sem dúvida, já descobriu isso e também que os pequenos são presa fácil, principalmente aqueles em idade que ainda não conseguem distinguir uma propaganda de um programa de tevê (até 4 anos). Tenho observado que a televisão brasileira reforça o consumismo também no público infantil. Porém, não acredito que uma simples proibição, como a que se quer colocar por meio da aprovação do substituto do projeto de lei 5.921/2001 , venha ajudar a formar cidadãos mais conscientes, inclusive do ponto de vista do consumo. É claro que tudo tem limites e que há muito conteúdo eletrônico abusivo, muitos publicitários na caverna, como bem disse Wood, mas também, que há muitos pais, mães, empresários e professores vivendo nesse mundo paralelo, alimentado por um sistema viciado no consumismo.

A realidade é que essas crianças, mais cedo ou mais tarde, serão inseridas na cultura de consumo e, se não tiverem sido educadas para um consumo consciente, para um “ser” mais do que “ter”, serão os adultos consumistas, angustiados e estressados de hoje, que usam o consumo como escape, numa eterna busca pela felicidade.

É preciso que haja limites, principalmente quando o assunto envolve crianças. Mas acredito que o fundamental seja a mudança de comportamento da sociedade, que as famílias consigam dar mais atenção a seus filhos e que terceirizem menos a educação, o amor e a atenção aos pequenos e que tanto o governo quanto as ONGs, intensifiquem ações que visem despertar essa consciência crítica para que se consiga mostrar que uma outra realidade é possível de ser construída. Isso de fato é mais complicado, mas precisamos parar de querer remediar, de buscar pseudo-soluções simplistas para problemas complexos, como esse que envolve a cultura do consumismo de uma sociedade que é estimulada, e não só pela publicidade, a viver "intensamente o prazer" do descarte.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Balada Sustentável

Em épocas de cultura eco, o CLub4Climate, em Londres, criou uma pista de dança com tecnologia que usa cristais de quartzo e cerâmicas para transformar o movimento dos freqüentadores em eletricidade. A pista gera 60% da energia necessária para movimentar a casa. Os 40% restantes são gerados por meio de turbinas eólicas. E quando há excesso de energia ela é utilizada em casas próximas ao clube.

Quem sabe a moda pega por aqui e acaba transformando os pisos dos tão freqüentados shoppings em pisos sustentáveis? E as passarelas de moda, então? Os São Paulo Fashion Week da vida? Também poderiam adotar a tecnologia.