quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Consumir X votar

O Blog A vida como a vida quer realizou uma blogagem coletiva sobre consumo consciente, no final do ano passado. Muita gente participou e deixou comentários, inclusive a Caixa Registradora. Um dos posts muito bacanas foi o do Ecosofando, que fez um paralelo sobre o ato de consumir com o de votar. Como coloca o blogueiro, ambas ações são importantes e fazem parte do nosso modelo de sociedade. Porém, o ato de consumir acontece todos os dias, diferente das eleições para os postos do Executivo e Legislativo do nosso país, realizadas a cada dois anos.

Diariamente temos muitos momentos de decisões de consumo que representam grande poder de mudança ou de continuidade de produtos, empresas e também da nossa maneira de nos relacionar uns com os outros, embora geralmente não tenhamos essa consciência. Nesta lógica, comprar ou deixar de comprar determinado produto pode mudar toda a cultura de consumo e o rumo do nosso planeta, pode significar, sim, uma grande revolução! Abaixo segue parte do texto, que vale a pena ser lido na íntegra no Ecosofando.

“... Durante as eleições, destinamos (ou deveríamos destinar) nossos votos a aqueles candidatos que consideramos (baseado em seu histórico, suas promessas, relações políticas, etc…) mais capazes de promover as mudanças que achamos importante para nossa comunidade (país, estado, cidade, planeta, etc…).Quando elegemos um candidato, transferimos nosso poder de escolha (política). Ele será nosso representante nas decisões que afetarão nossa comunidade, durante os próximos 4 anos. Se, durante este período, este político decidir deixar de nos representar (pois mudou suas opiniões, ou mentiu sobre elas), teremos o poder de rejeitá-lo, nas próximas eleições (daqui a 4 anos). Claro que, para isso, precisamos lembrar em quem votamos, o que não é muito comum.

Quando consumimos um determinado bem (produto, serviço ou informação), estimulamos, em primeira instância, sua permanência no mercado. Estimulamos, também, uma rede de processos sócio-ambientais, relacionadas ao seu ciclo de vida (produção, distribuição, consumo, descarte, entre outros) que, efetivamente, transformam a comunidade em que vivemos (localmente e/ou globalmente). Portanto, da mesma forma que o voto, nossas escolhas de consumo têm um poder transformador sobre a sociedade. Mas, diferentemente do voto, este poder pode ser exercido várias vezes ao dia. Se a instituição responsável pela produção do bem, não tem os valores e o comportamento que achamos corretos, podemos rejeitá-la na próxima ida ao mercado, mudando de canal ou estimulando outras pessoas a não consumi-la.”

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